Limite do Trabalho em Equipe

Por: Denise de Moura

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Diversos autores que dissertam sobre o trabalho em equipe, o descrevem como uma configuração imprescindível para que as empresas ganhem em produtividade, agilidade e se adaptem melhor aos seus novos cenários de mercado. Eles citam ainda que dificilmente bons resultados vêm de ações individuais e que, para obtê-los com eficácia, deve haver uma relação de interdependência entre as pessoas de áreas, setores e/ou gerências diversas.

Entretanto, nem sempre o trabalho em equipe gera efetiva produtividade. Mas por que isso ocorre?

No meu livro Cansei de Sofrer no Trabalho, recém-publicado pela Qualitymark Editora, respondo a esta pergunta fazendo alguns questionamentos:

– Como trabalhar em equipe se o seu colega ao lado é considerado tóxico e faz questão de denegrir diariamente a sua imagem perante o restante do grupo, fazendo fofocas e intrigas a seu respeito?

– Como trabalhar em equipe se muitos profissionais em sua área estão desmotivados e pouco contribuem como seu trabalho? Mas no momento da recompensa, todos são reconhecidos igualmente.  

– Como trabalhar em equipe se você tem dificuldades em confiar no colega ou é arrogante a ponto de achar que pode fazer o trabalho todo sozinho?

 

Baseando-se nestes três casos, consegui identificar algumas restrições ao trabalho em equipe impostos por diversos profissionais nas organizações. Chamei-os de Limites do Trabalho em Equipe, caracterizando-os como:

 

Þ      Limite às toxinas do trabalho, relacionado ao limite que as pessoas impõem diante de uma situação tóxica no trabalho.

Para se protegerem, muitos profissionais mantêm distância de alguns colegas que fazem mal a todo o grupo. Porém, se essa questão não for identificada e tratada de imediato, tende a causar a divisão na equipe, gerando conflitos graves.

 

Þ      Limite da contribuição individual, relacionado ao limite que um profissional impõe aos colegas em virtude da necessidade de mostrar a sua contribuição individual para ser mais reconhecido ou produtivo.

Pense bem: se a sua empresa reconhece todos igualmente, mas quem faz o trabalho praticamente sozinho é uma pequena parte, as pessoas que realmente colocam a mão na massa terão motivação para trabalhar em equipe? Ou ainda, se você precisa mencionar palavras do tipo “eu fiz”, “esse é meu projeto”, pois somente desta forma o seu trabalho é visto, terá motivos para trabalhar em equipe? As gerências de recursos humanos precisam montar um modelo objetivo e transparente de reconhecimento, que mostre claramente porque alguns empregados serão reconhecidos e outros não.

 

Þ      Limite à equipe, relacionado ao limite que a equipe impõe a um colega ou este impõe à equipe em virtude de possuir características arrogantes e prepotentes ou por ter dificuldades de confiar no outro.

As empresas precisam ficar atentas às posturas de alguns profissionais que podem prejudicar a produtividade de todo o grupo. Se pensarmos bem, ninguém gosta de trabalhar com pessoas arrogantes ou prepotentes. Elas acabam se isolando ou são isoladas.

 

Lembre-se: as pessoas não precisam gostar uma das outras em ambientes corporativos, mas devem respeitar o espaço e o trabalho do outro. Sendo assim, criei um modelo de avaliação do trabalho em equipe que apresento no capítulo 5 do meu livro, onde descrevo as posturas que qualquer profissional deve desenvolver nas empresas, para conviver melhor com seus pares e superiores, mesmo que tenha dificuldade ou não goste de trabalhar em equipe.

Denise de Moura é consultora de recursos humanos com um histórico relevante no mundo corporativo e na área de clima organizacional. Durante anos tem medido e acompanhado os fatores que impactam diretamente na satisfação e na produtividade dos empregados.

Conheça e compre o livro AQUI.

3 comentários em “Limite do Trabalho em Equipe

  1. Muito interessante este artigo de Denise de Moura. Tenho interesse agora em comprar seu livro.

    SDS

    Prof. Paulo Pfeil
    Universidade Federal Fluminense

  2. CANSEI DE SOFRER NO TRABALHO
    Nunca em toda minha existência nas empresas que trabalhei e nas empresas que criei (Computer Hospital Info Ltda, Ponte Sul Informatica Ltda, Chipset DB Informatica Ltda e Quero Preço {atacadista} Informatica, mais duas franquias), aprendi tanto sobre o relacionamento pessoal com colegas e com meus empregados. Sempre fui um individuo que achava ser a vida regida pela lógica matemática e física. As interrelações psicológicas das pessoas, das toxinas do trabalho em grupo, não faziam sentido para mim. Até que li esse livro simples, direto e de fácil leitura. Um livro profissional, mas é muito mais que isso, é um compêndio de vivência com as pessoas, no trabalho e na sociedade. Serve também de lição para o dia a dia com os amigos próximos, como os parentes e familiares.

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